sábado, 7 de julho de 2007

 

 

 

 

silence, et puis. [Marguerite Duras]

o sossego, por fim. duros foram os meses deste sol diminuto, longas as noites cercadas de angústia. Sísifo rondava a casa, o sono perturbado pelo som das pedras a desgastar o tempo. agora, acabou. não mais atravessarei os dias apressada, não mais mais entrarei nas noites assombrada, não mais farei do outono os árduos caminhos do medo. acabaram-se as horas de reclusão, acabaram-se as tarefas inadiáveis, acabaram-se os monstros tenebrosos das coisas por fazer. tudo repousa, como massa de pão. o dia, agora, é meu. não mais andarei com pressa pelo meio das árvores nem esquecerei de prestar atenção ao som dos meus próprios passos. andarei vagarosa pela serra e absorverei todos os cheiros do inverno vindouro. o dia amanheceu claro, e eu respiro a felicidade das mãos frias e dos cachecóis coloridos. esta noite, o meu peito permaneceu desabitado. é com alívio que regresso dos subterrâneos.

20 de Novembro de 2004

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posted by saturnine | 18:17 | 0 comments

 

 

 

 

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