sexta-feira, 13 de julho de 2007

 

 

 

 

das coisas simples #1

não falamos dos livros nem dos discos nem das árvores nem do rumor próprio das noites de verão ou dos mistérios do universo. estamos parados dentro de um momento. só sei daquellos ojos verdes, uma faca encostada à minha garganta. não falamos das coisas nem da terra, nem do desconhecimento que temos dos caminhos um do outro. é possível estar-se apenas tranquila num abraço - eu moro num abraço que me sustenta. um corpo é quanto basta. há uma felicidade implícita em ser-se mínima.

17 de Julho de 2005





das coisas simples #2

há-de ser um cansaço, um excesso, um crescimento, mas eu já não sei escrever grandes cartas aos fantasmas ausentes. já não sei demorar-me sobre a falta, já não sei tratar por tu as grandes perdas. não há de mim o que sobre para os graves lamentos. o amor tornou-se uma coisa lenta e contida, à parte de mim. já não há rosto algum que substitua a minha vida. ainda que nada se cumpra, ainda que me doa a sede à boca da garganta.

18 de Julho de 2005

Etiquetas: , , ,

 

posted by saturnine | 18:40 | 0 comments

 

 

 

 

"---------------------------------------------------------------

 

 

 

 

 

 

 

 

 

~*.through the looking glass.*~

 



* little black spot * 

* menina tangerina *

* os dias do minotauro *

 

*

calamity.spot[at]gmail.com

 

 

 

 

"-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

 

~*.arquivos.*~

 

maio 2007  junho 2007  julho 2007  agosto 2007  setembro 2007  outubro 2007  dezembro 2007  fevereiro 2008 

 

 

 

 

"-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

 

This page is powered by Blogger. Isn't yours?