domingo, 10 de junho de 2007

 

 

 

 

[poema de um desamor contínuo]

não é certo que me exiles
que das tuas mãos nada
cresça senão as pedras

o tecido desgastado do silêncio
está já esticado à beira da ruptura
um arco demasiado tenso que
arrisca rebentar-me nos braços

este solo pisado e magoado
vezes sem conta suspira já
o cansaço de ser ruína
ponte tactando lugar nenhum
senão o degredo a que me votas

não posso mais - porque não posso -
dar-me a este desconsolo
nem a noite é já suficiente
para que qualquer coisa se resgate

agora quero apenas a calma
ou alguma coisa parecida
um rumor imprevisto improvável

tudo menos este silêncio
esta brutalidade com que
pela indiferença me aniquilas.

3 de Setembro de 2003

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posted by saturnine | 15:40 | 0 comments

 

 

 

 

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