sábado, 19 de maio de 2007
#2
angularidades #1
dizem que os dias arrastam a fibra da memória que te perderei algures numa dessas ruas em que não passa ninguém senão eu
ao dobrar uma esquina
por onde se curva a noite por onde espreita a morte.
23 de Julho de 2003
angularidades #2
porque me disseram que da flor se engendra a eternidade estendo um leque de acácias sobre o silêncio agudo dos dias
para que a minha boca inflamada de sal adquira desde já o contorno do teu nome.
23 de Julho de 2003
angularidades #3
dizem-me que nada do que rui subsiste que te perderei um dia quando aprender a perder-te como quem de súbito odeia o sol que lhe ilumina os passos
recortados de ângulos negros impossíveis.
24 de Julho de 2003
angularidades #4
a substância do meu cansaço a orla invisível do meu corpo como espuma branca
ou pedra sobre a falta.
25 de Julho de 2003
angularidades #5
quebrados os espaços o silêncio estilhaçado pelos cantos orlas negras de bruços os meus passos dispersos
o distinto nojo converte-se em consagrada indiferença.
26 de Julho de 2003Etiquetas: angularidades, little black spot |
posted by saturnine |
21:16
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